sexta-feira, 5 de julho de 2013

das «hegemonias» do futebol luso...


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caríssima(o),

obviamente que o título desta "posta de pescada"® foi emprestadado à mais recente "entrevista" do outrora «catedrático» jorge "jebus", actualmente jorge jejum, às altas instâncias da agremiação de Carnide.

vou principiar pelo fim: 

considero que está instalado, no seio de alguns adeptos do nosso clube do coração, mormente nas redes sociais, em concreto no "faceboKas, um estado de espírito que é mais comum lá para os lados da Segunda Circular, e que prima pelo exacerbação de uma «gloriosa» Soberba - quase, quase a roçar a Altivez (que é irmã da Arrogância, prima da Sobranceria, cunhada da Insolência).
esse estado de espírito tem como seu epicentro o mais recente sorteio para a próxima edição da nossa comezinha Liga Nacional e que ditou, para término da dita, o clássico do Dragão - reavivando nas nossas mentes o que se passou em Maio último.
também penso que poderá estar presente esse facto de, na última década, termos perdido o campeonato por «apenas e só» duas singelas vezes (e da forma como as ditas aconteceram)

este estado de alma vencedor (quase sem limites) incute, nalgumas e nalguns de nós, o sentimento de que a priori tudo está garantido, tudo está ganho, tudo serão facilidades, tudo será um passeio, tudo será um cumprir de calendário até à Glória final. 
certamente que tal não é o teu/nosso caso. e que, sem me querer "armar em zé sabichão", sabemos bem que não é exactamente assim, e que há sempre um "olhanense" que nos traz de volta a uma dura Realidade: a de que não há equipas invencíveis (bem como esse chavão do futebolês, que prevê que, no desporto-rei, há três resultados possíveis, sendo a Derrota o que nos traz o sabor mais amargo).
e, também será necessário recordar, que o nosso clube ainda possui um duro recorde que dificilmente será quebrado nos tempos mais próximos - apesar de o zbording quase o ter igualado: dezanove anos sem conquistar um título nacional. trata-se, no meu entendimento, de um facto que deverá estar sempre presente em todos nós, por forma a nos lembrarmos do quão difícil é alcançar esse feito de se ser campeão nacional - e que dá efectivamente muito trabalho a alcançar.

portanto, se é unanimemente reconhecido que o Futebol Clube do Porto é um clube hegemónico em Portugal Continental - mormente por parte dess"imenso país que é o Estrangeiro"® (ao contrário do que acontece na esmagadora "paisagem centralizada deste "rectângulo à beira-mar (im)plantado"®, sobretudo da nossa abjecta, muito parcial e demasiado facciosa Comunicação Social nacionale sempre com o beneplácito da estação (cada vez menos) pública de televisão) -, convém salientar que tal se deve a um esforço titânico por parte de quem dirige os destinos do clube há mais de trinta anos - certamente que com alguns erros pelo meio (pois que não somos um clube perfeito), mas mesmo assim, a termos de ser gratos pelas imensas alegrias que já nos proporcionou.

e, esta ideia final, vai desembocar no início desta prosa, ou seja: pelo facto de termos tido alegrias sem fim, tal significa que (i) não será sempre assim, que (ii) deveremos perceber que tudo é cíclico, que (iii) a convivência com o travo amargo da derrota, quando acontecer - e vai acontecer!, mais cedo ou mais tarde -, tornar-nos-á mais fortes.
o que temos é que manter o discernimento de conter os nossos anseios, e não começarmos a "embandeirar em arco" ainda antes do campeonato começar. cometendo o erro de me repetir: não podemos ser sobranceiros como outros o são, normal e usualmente por esta altura (a do defeso, onde tudo são "rosas"), pois que, quando os desaires surgirem, aparecerão igualmente os nossos piores receios e o defraudar de expectativas poderá conduzir ao tecer de injustas críticas.
a última época desportiva foi disso um bom exemplo:
quantas(os) de nós mantiveram a serenidade quando tudo em seu redor parecia indiciar o contrário, apoiando a nossa equipa do coração "contra tudo e contra todos", do princípio ao fim?


de regresso ao início desta "posta de pescada"®.

se dúvidas houver da "tal" «gloriosa» soberba sobranceria que diligentemente se propala pelo clube do regime - que não só dos regimes "do antigamente" e do "da outra senhora", mas também do actual regime vigente -, a mais recente "entrevista" do outrora «catedrático» jorge "jebus", actualmente jorge jejum, às altas instâncias da agremiação de Carnide, dissipa-as.
nem vou tecer considerandos sobre o ridículo do facto da dita "entrevista" ter sido dirigida por um actual vice-presidente.
apenas o farei sobre as seguintes afirmações avulsas, pelo risível que as mesmas encerram, sobretudo o que está a negrito:

«
No meu ponto de vista o melhor é sempre quem ganha e neste momento quem tem o título é o nosso rival. Não quero branquear isso. O que posso dizer aos adeptos é que, com o que tenho aprendido nestes quatro anos, o 5lb está próximo de conquistar a hegemonia do futebol nacional. 
A equipa do 5lb tem a obrigação de estar mais forte na próxima porque é mais uma época de trabalho. Penso que 5lb está no caminho certo de ganhar a hegemonia do futebol português e ganhar a hegemonia não é ganhar só um título, mas sim vários títulos. 
Face ao meu primeiro ano, eu e 5lb não conseguimos conquistar os títulos que ambicionávamos. Mas, ao longo destes quatro anos conseguimos resultados, conseguindo com isso recuperar o prestígio internacional e este ano o 5lb vai estar no pote 1 da Liga dos Campeões. Isso foi devido à conquista de resultados, não de uma taça. 
O preço do sucesso é que só perde quem chega ao momento das decisões. Disse, na altura, que o 5lb estava próximo de uma época de sonho e acabou por ser uma época de desilusão pelo facto de termos chegado onde chegámos e de não termos conquistado nada. Perdemos a Liga Europa mas essa jornada foi muito importante para o 5lb e de prestígio para o clube. Não ganhámos o título mas ganhámos outras coisas, como mostrar a paixão lampiónica em Amesterdão e o prestígio internacional, porque o jogo foi transmitido para centenas de países.
»


o que delas retive, para lá (repito) do risível das mesmas e da soberba do outrora «catedrático» jorge "jebus", actualmente jorge jejum - quando afirma «eu e 5lb não conseguimos conquistar os títulos» - foi em jeito de pensamento retórico, e surgiu assim mesmo:
o que não diriam muitas e muitos de nós, que tanto criticaram Vítor Pereira por duas épocas de (in)sucesso, se tivessem visto e/ou ouvido e/ou lido aquelas aberrações acima?


a "resposta" surge-nos em jeito de cartoon:

© Google | Miguel Lima (Tomo II)
(clicar na imagem para ampliar)


somos Porto!, car@go!  
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

beijinhos e abraços sempre! muito portistas!
Muito Obrigado! pela tua visita :)




2 comentários:

  1. Caro Miguel,
    É verdade, há muitos portistas com uma atitude menos positiva no que diz respeito ao calendário, é pena, porque esse tipo de atitude não combina com o espírito portista. digo eu...
    Quanto às anedóticas palavras de Jorge Jesus, só me ocorre dizer isto! graças a Deus que ele não veio para o Dragão! pois tais palavras não combinam com o perfil de treinador do FC Porto!

    Cumprimentos

    Ana Andrade

    www.portistaacemporcento.blogspot.com
    www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com

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  2. Caríssimo, eu não embandeiro em arco, nunca, mas não podia deixar de associar o próximo último Porto-Benfica ao mais recente e último Porto-benfica. Queira-se ou não, é uma dose de pressão em cima deles porque está tudo muito Kelvin vivo e ainda bem.

    É claro que o próximo é diferente e começa do zero. Mas para preocupa-me o ser ou não ser, ou ser e não estar que o novo treinador anuncia. Um nó cego. Mas, como tudo o resto, só com a bola a saltar se percebe o que vai suceder e mesmo assim com reservas.

    Do Jorge Jejum nada me admira a não ser uma inesgotável estupidez. De resto, muitos portistas podem rever-se nele pois admitiriam e admitiram que viesse a treinar o FCP, o que nunca acreditei ou acreditei tanto quanto o Socolari e o Bentinho da risca ao meio. No profile.

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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