quinta-feira, 19 de setembro de 2013

de uma valsa vienense ao toque de bombo... [actualizado]

© uefa | Miguel Lima (Tomo II)
(clicar na imagem para ampliar)


caríssima(o),

antes de tudo, peço-te desculpa por não ter actualizado, em devido tempo, por motivos (muito) pessoais, a "posta de pescada em apreço.

e, por um lado, ainda bem que não tive a oportunidade de redigir umas quantas linhas a propósito de uma exibição que roçou (no mínimo) o miserável
é que a dita resvalou para uma derrapagem exibicional tal - então aquela primeira parte... - que, na altura em que pretendia representar os meus pensamentos sobre o jogo de Viena, por meio de caracteres de um qualquer sistema de escrita (nomeadamente o alfabeto latino), certamente não "teria o estômago" suficiente para manter a necessária calma, pois que a "digestão" da actuação sofrível da nossa equipa do coração que todas(os) nós assistimos estava um tanto ou quanto complicada...
e poderia ser de tal forma injusto, que seria "mais um" Nelson Carvalho e escreveria algo tão (ou mais) repulsivo como o muito seu "o triunfo do futebol ridículo", quando pretenderia ser como o caríssimo Jorge e comunicar contigo como ele o fez em "baías & baronis: Aústria de Viena vs. FC Porto".

principio esta minha crónica acerca da intragável e inenarrável exibição num estádio que nos é tão místico, porque me custa ler o que a seguir transcrevo:

« [...] em Viena desenrolava-se o pior jogo da 1ª jornada da competição de clubes mais importante do Mundo. Um mau jogo, disputado por duas equipas inconsequentes, com jogadores fracos ou desinteressados, orientados por equipas técnicas medíocres.
Se isto é o melhor futebol que a UEFA tem para oferecer "vou ali e já venho"…
 
»

e custa no sentido em que a crítica é bem mais do que injusta: é incoerente. explico.
sim!, é verdade que jogámos mal e que o futebol que (não) praticámos não se coaduna com o que pretendemos para a nossa equipa do coração. mas daí a ter sido o «pior jogo da primeira jornada»... o que não terão para contar os adeptos do Galatasaray, por exemplo... ou o que não dirão as ao København vs. Juventus - cujo resumo, na estação de Queluz, se limitou aos golos do encontro... um exagero, portanto.

«duas equipas inconsequentes»? «jogadores fracos»? «equipas técnicas medíocres»?
como já apelei anteriormente, «vamos lá manter a calma, porra!»
é que a adjectivação acima, se não é Ingratidão no seu mais puro estado, é (pelo menos) escabrosamente desagradável para com uma equipa que soma por vitórias os encontros oficiais realizados, garantiu três pontos num terreno que se afigura difícil para quem o visitar e arrecadou um milhão de euros mais em proveitos na presente edição da Champions.
e de nada vale para mim  a argumentação de que «as criticas devem ser feitas quando o barco ainda está à tona».

© uefa | Miguel Lima (Tomo II)
(clicar na imagem para ampliar)

primeiro:

não jogámos sozinhos mas sim contra um adversário. e só porque este ocupa um lugar no ranking da UEFA que já não nos recordamos que o ocupávamos há trinta anos, não deveremos ter a sobranceria bacoca de o menosprezar - para além de que jogava em casa, ante o seu fervoroso público, o qual influenciou a sua actuação durante a primeira parte.

segundo:

ficou evidente que Defour fez falta à equipa. pode não ter aqueles rasgos de génio de João Moutinho, mas circula a redondinha e preenche bem os espaços vazios, num apoio importante ao Fernando.
Josué foi esforçado mas apenas isso. e não estou a criticar o puto natural de Ermesinde, pois a posição "6" não é (decididamente) a sua.

terceiro:

foi por demais evidente que, para além do mau jogo realizado, tivemos a sua sorte pelo nosso lado e "aquela" estrelinha que por vezes nos visita. a bola que o Helton desviou com os olhos para o poste é disso exemplo. mas "a sorte procura-se, certo"? e nós soubemos "fazer pela vida": bastou acelerar o jogo para marcarmos. e poderíamos tê-lo repetido, dez minutos depois. daí a "suspirar" por Vítor Pereira, como alguns reflexivos, numa (mais do que) evidente atitude de arrogância saloia para quem deu muito de si ao clube, vai uma diferença abissal sobre o "futebol" praticado ontem e o da equipa liderada por André £ibras-Boas com apenas um mês de época decorrida...

quarto:

mais uma vez, a nossa equipa resolveu ser «pragmática», optando pelo tal «jogo inteligente» referido por Paulo Fonseca, o qual mais não foi do que, após o golo obtido, guardar a posse de bola até soar o apito final. não é "bonito", não senhor! e foi um risco (calculado?) que, desta vez, correu bem, pelo que concordo que, ante adversários de outra valia, a estória da Fortuna não se repetirá. mas, até essa altura, a equipa já terá mais rotinas assimiladas e sobretudo mais ritmo de jogo. é que convém lembrar que a época desportiva começou há pouco mais de um mês...


quinto:

será que este jogo, depois do encontro em Felgueiras, já é (mais do que) suficiente para se questionar e/ou duvidar de tudo e todos?
deixo a reflexão para ti. tens a caixa de comentários à tua disposição.


somos Porto!, car@go!  
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!


beijinhos e abraços sempre! muito portistas!
Muito Obrigado! pela tua visita :)



3 comentários:

  1. Para mim foi um jogo fraco, e com ou sem Defour acho que o meio-campo não funciona com estes homens e neste esquema. O Fernando não é jogador para sair a jogar, por muito que se esforce, simplesmente não é. Posso estar enganado mas o Paulo Fonseca está a preparar o meio campo para o pós-Fernando, de qualquer forma, enquanto o meio-campo estiver neste formato e com estes jogadores, não acredito que o nível exibicional melhore. Também me pareceu que a nível defensivo (daí as referencias saudosistas a VP), a equipa não defende bem nem é reactiva à perda de bola, como era o ano passado. Vamos esperar para ver, eu o ano passado não achei o Paços uma coisa do outro mundo, preferi sempre o futebol do Estoril, mas quem manda é quem decide e se decidiram pelo Paulo Fonseca, é o treinador que vou apoiar.

    ResponderEliminar

  2. @ saci pererê

    meu caro,

    antes de tudo,
    muito obrigado! pela visita e pelas suas palavras.

    considero o último parágrafo do seu comentário bastante pertinente, no sentido em que deveria ser esse o espírito a imperar na massa adepta indefectível do nosso clube do coração. deveria, mas não é, infelizmente, como o post o comprova.

    sobre os "problemas" no meio-campo:
    também acho, enquanto adepto, que existem falhas - as mesmas que aponta (nova função do Fernando - já experimentada por André £ibras-Boas -, (des)acerto nas marcações defensivas, pressão aquando da perda de bola).
    mas também sou da opinião que a nossa equipa técnica é competente o suficiente para já as ter detectado e estar a trabalhar no sentido de afinar "a máquina".
    temos é que dar tempo ao Tempo e não começar a questionar tudo e todos só porque tivemos dois jogos, no arranque de uma nova época desportiva, que foram menos conseguidos.

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

    ResponderEliminar
  3. Como o meu trabalho se arrasta (ou serei eu?) até às 20:00 só pude instalar-me a ver a segunda parte. E foi má*, por muitos motivos, lembro-me de aos 5 minutos dizer de mim para comigo "ponham a bola no chão caralho!!!"

    E de chamar nomes ao Otamendi com aquelas paragens cerebrais. E de pensar que tinha saudades daquele Izmaylov, e que o Herrera é gajo para por aquela "nova e Fei(j)a super-estrela mundial vermelha" no bolso, e que o Quintero me faz lembrar o James de primeiro ano: bom para partir tudo quando eles já estão todos partidos e com um ou outro amarelo.

    *Não foi má por si. Foi aborrecida de morte, mas tirando as fífias do Otamendi (bolas paradas não contam) nunca me lembro de sentir o resultado em risco. Foi bem gerido mas muito mais eficaz como soporífero que qualquer jogo do VP!

    ResponderEliminar

vocifera | comenta | sugere
(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

Show Emoticons