(clicar na imagem para ampliar)
... enquanto meu vizinho :
1) que gastes o soalho do teu apartamento e desgastes a minha paciência, com "aqueles" saltos agulha que tanto gostas de calçar a partir de uma certa e determinada hora em que o recato é necessário, desrespeitando o meu direito ao descanso e o dos que me são mais queridos.
2) que infelizmente não sejas como a vizinha do apartamento 2B, e me batas à porta, a desoras, com trajes que envergonhariam um(a) nudista numa praia deserta a sós contigo - ao ponto de me esquecer o que é que pediste emprestado.
3) que abras a porta de entrada do prédio a toda a gente que desconheces em absoluto, incluindo os aborrecidos dos vendedores de operadores de televisão por cabo aos quais acabei de recusar a admissão na propriedade urbana que partilhamos para não ser incomodado com questões que não me interessam (de todo!).
4) que não reconheças as vantagens do conceito de reciclagem e (também de uma forma literal) conspurques a sala comum dos lixos com os desejos que tu e a tua família produzem diariamente.
5) que te estejas a borrifar para aquela cláusula do regulamento do condomínio que proíbe terminantemente o uso de animais domésticos em qualquer fracção do prédio, incluindo a tua.
e por «animais domésticos» (sub)entende-se que não se refira aos teus descendentes.
6) decorrente do ponto anterior, que não te preocupes com o sossego dos outros e não te incomodes por o canito, que compraste para agradar ao teu catraio, o qual entretanto prefere passar o tempo a jogar PSP™, lata a horas um pouco (como dizê-lo...) inconvenientes - coincidentemente à mesma hora em que se pressentem "aqueles" saltos agulha...
(e já nem aludo à questão da higiene pública e do dever cívico a que estás obrigado, os quais também são uma verdadeira incógnita para ti...)
7) que, por cada vez que regressas de um hipermercado perto de ti, utilizes o elevador (como que) individualmente para transportar os produtos que adquiriste para os teus aposentos, e a horas em que o cão ladra, «o gato mia», "aqueles" saltos agulha são audíveis, e este pai aqui agonia por uma morte rápida e que nunca mais chega. ou então, que sejas fulminada(o) por um raio que te parta - é-me igual...
8) que sejas tão apologista das Novas Tecnologias da Informação ao ponto extremo (quase máximo) de prescindires de um telefone e optares por verbalizar os teus pensamentos via skype©, os quais são audíveis da garagem.
9) que tenha que me deslocar ao teu (in)cómodo aposento, nessa unidade residencial que nos é comum, para pedir-te, por gentileza, que me devolvas o que pediste emprestado no ponto 2).
(é que, como não és a vizinha do apartamento 2B, não o consigo relevar...)
10) que grites "guooloo!" por um clube que não é (nada, mas mesmo nada!) querido por mim, como se não houvesse Amanhã e mesmo para lá do minuto 92' - não sei se me faço entender...
haverá outras situações certamente.
eu, para já, passo-me (só) com estas...
Ponto 1: Ontem (hoje) eram 1:35 e em vez de saltos de agulha pareciam socas de madeira.
ResponderEliminarPonto 2: Só me bate à porta a do 1º dto que vem de robe efectivamente mas tem oitenta anos e é só quando se esquece do "pingo" (sic) do telemóvel.
Ponto 3: Infelizmente são todos... E testemunhas de Jeová também. Pior que tudo é que a minha porta não tem óculo para espreitar!
Pontos 4-9: Nada a apontar.
Ponto 10: Todos esses gritos são abafados por uma larguíssima comunidade cabo verdiana que apoia a plenos pulmões a mais bela cor (que são duas). :)
Tudo resumido, entendo as irritações e sinto-me priveligiado! ;)
@ runes
ResponderEliminarcaríssimo,
mais uma vez, muito obrigado! pela visita e pelas gentis palavras
no fundamental e em "bom" Português:
acho que é consensual que é muito f**ido viver em apartamentos e conviver com alguns espécimes da nossa raça animal :D
abr@ço
Miguel | Tomo II
Caro Miguel,
ResponderEliminarDesde sempre vivi numa casa e, portanto, nunca tive qualquer um desses problemas. Contudo, agora estou a viver num apartamento... logo, imagino o que me espera! pelo menos nao a nenhum andar superior ao meu! mas tenho ao lado!
Cumprimentos
Ana Andrade
www.portistaacemporcento.blogspot.com
www.artigosonlineanaandrade.blogspot.com
ResponderEliminar@ Ana
caríssima,
vivi trinta e três anos da minha vida numa casa térrea, com quintal e vizinhos tranquilos a ladearem a propriedade dos meus progenitores.
foram tempos tão, mas tão felizes, que nem me quero lembrar par não ficar ainda mais deprimido.
sobre o viver "em caixotes empilhados" (expressão do meu Avô), há tanto, mas tanto para lhe contar que não a quero deprimir também :D
o melhor é ir vivendo um dia de cada vez :D
cumprimentos
Miguel | Tomo II