sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

de, no FC Porto, não haver tempo para se ter Tempo...




«

[...]


Há algumas coisas "invisíveis", neste FC Porto, que são muito positivas e que mostram claramente "dedo de treinador"; uma delas é a qualidade de recepção e a qualidade de passe (seja curto ou seja longo)! 
É impressionante o salto qualitativo relativamente à época anterior! Nesta, a bola deixou de ter "picos", os passes são genericamente bem feitos, as recepções raramente mal feitas, e tudo "isto" junto dá-nos tranquilidade para termos a bola.

"Isto" é trabalho de treinador.
"Falamos" de um treinador habituado a receber jovens com 16, 17 ou 18 anos, em Espanha e a "transformá-los" para poderem progredir no sistema das selecções principais. 
"Falamos" de um treinador habituado a ver erros técnicos ("isto" sim!, é que é técnica, que esta não é fazer fintas bonitas [para a maralha]) e a corrigi-los, fruto de anos a aperfeiçoar metodologias de treino, para melhorar (também) esses aspectos.

Desafio-vos a rever o jogo de Quarta-feira, ou a estarem atentos aos próximos jogos. 
As diferenças são abismais, ainda para mais numa equipa que joga debaixo de uma pressão tremenda de não poder perder qualquer ponto. Notável!

Deixem o homem trabalhar durante o seu contrato, mas mantendo exigências desportivas, como é óbvio. 
No fim estaremos agradecidos com o incremento qualitativo do nosso futebol!

29 de Janeiro de 2015, às 11h26m



[...]


Acho que qualquer portista sabe que, fruto de várias circunstâncias, o onze base desta época é substancialmente diferente do da época anterior.

O onze base que fez a primeira metade da época passada e que foi treinado para isso na pré-época, incluía jogadores como Helton, Danilo, Otamendi, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Defour ou Lucho (raramente os dois), Herrera, Josué, Varela e Jackson. Foi assim que preparámos aquela mal-fadada época, foi assim que a iniciámos. 
Do onze base desta época [ou melhor: o que tem sido consolidado nos últimos jogos], temos Fabiano, Maicon, Indi, Casemiro, Óliver, Tello e Brahimi (e tendo como referência os jogos pré-CAN). São sete jogadores diferentes. Repito: sete.

Os sete que não estão no onze base tinham uma média de idades (na altura) de 27,1 anos. Se incluirmos o Defour, a média sobe para 28. 
Os sete que entretanto os substituíram têm média de idades de 23.3 anos, à data de hoje. E não vale a pena falar na diferença de Qualidade, porque entraremos num domínio demasiado subjectivo...

Ninguém minimamente ponderado e intelectualmente honesto, pode exigir e sem qualquer desculpa, que os resultados sejam imediatos. 
Obviamente que queremos (todos!) ganhar; queremos empenho máximo; queremos títulos. Mas não podemos ignorar a transformação nem desatar a pedir cabeças a cada seis meses...

[É certo que não temos de ser uns "carneiros"], daqueles que só dizem bem de tudo. 
Ainda no meu comentário anterior fiz apreciações a algumas escolhas de ontem com as quais não concordei. Mas isso não implica que desatemos a "disparar em todas as direcções", como tantas vezes vemos, lemos, ouvimos...

Eu vejo muito trabalho nesta equipa. 
Vejo qualidade técnica, como já referi; vejo processos técnicos e tácticos, e que são a essência do futebol em competições de longa duração; e sobretudo vejo uma ideia. 
Mas também vejo um FC Porto que muda sete ou oito jogadores entre campeonato e Taça da Liga, e mantém a mesma estrutura de jogo; vejo jogadores a entrar na equipa nesses jogos para a Taça da Liga, e agora em Janeiro, e a mostrar que não temos de ter receio de algum "titular" poder estar castigado, porque quem está a entrar agora cumpre na perfeição o que está destinado [à  sua posição, no terreno de jogo].

Como afirmei num comentário anterior, acredito que vamos fazer uma segunda volta muito forte.
Obviamente que seis-pontos-seis continuam a ser uma distância muito grande, e que qualquer pequeno factor pode acabar [com qualquer réstia de esperança]. Mas, mesmo assim continuo a acreditar que poderemos "encostar" e criar "dúvida", para fazer do jogo na luz (mais do que) uma final. 

E estou mesmo convencido que chegaremos a esse jogo em condições de passar para a frente.
Fica escrito, que é para depois não se dizer "ah e tal!, eu sempre disse que isto ia correr bem/mal"(escolher a opção depois de ver o que aconteceu).

29 de Janeiro de 2015, às 14h29m


»



caríssima(o),

aqueles são dois comentários do caríssimo "magro vai ao ataque", no "dragão até à morte" e com os quais estou plenamente de acordo, subscrevendo-os na íntegra.

as ideias-chave estão lá e, no  meu entendimento, nada haverá a apontar por serem demasiado evidentes.
infelizmente, no nosso Clube do coração, no Presente, não se consegue arranjar tempo para se dar tempo ao Tempo, e por forma a que se colham os tão ansiosos frutos (igualmente desportivos) no Futuro, mesmo o mais próximo. a pressão (obrigação?) de Vencer e em todas as partidas que se disputem, assim o impõe - pressão essa que também constrange os adeptos, mormente a "nossa" massa assoBiativa, impelindo-a a exigir "este mundo e o outro" sobretudo (e quase exclusivamente) nos momentos de derrota. e, já agora, a ser intolerante e extremamente crítica, "batendo em tudo o que mexe" igualmente quando surgem fracassos.

já agora e em jeito de adenda ao que foi "dito" pelo "magro":

Rúben Neves. Ivo Rodrigues. Gonçalo Paciência. Ricardo Pereira.


quatro-nomes-quatro de jogadores portugueses, na sua maioria formados no Clube.
não me recordo, num Passado recente, de um treinador principal ter feito semelhante aposta e com consistência, na Formação. na nossa formação.
só por este exemplo, considero que Lopetegui foi bem-vindo! mas eu sou suspeito, pois que desde o início que o defendo, mais do que o criticar "por dá cá aquela palha" (inclusive e mormente a da perspectiva resultadista) pois que é o treinador do meu Clube e escolhido por alguém que tem mais anos de experiência no Futebol do que eu de vida. e porque eu sou adepto indefectível do Futebol Clube do Porto e não do FC [escolher nome de treinador e/ou jogador]...


post scriptum pertinente:


esta "posta de pescada"® estava agendada para as 10h de amanhã, Sábado.

só que, entretanto e porque como não me canso de o (re)afirmar, é mesmo muito complicado escrever depois do caríssimo Vila Pouca...

assim sendo, esta "posta"® serve de complemento a esta aqui (e vice-versa).
e, já após ter escrito este ps, a estrouta aqui, da autoria do caríssimo Jorge Vassalo...
(percebe-se que é mesmo um tema pertinentíssimo e extremamente actual, motivos mais do que suficientes para ter antecipado a publicação que estava agendada... faço votos para que seja do teu agrado!)


"disse!"



6 comentários:

  1. Estamos todos em sintonia! É sinal que todos vemos - felizmente - que o projecto de futuro é uma realidade e não uma quimera!

    Abraço Azul e Branco,

    Jorge Vassalo | Porto Universal

    ResponderEliminar
  2. Todos os contributos são úteis e importantes, quem gosta do F.C.Porto e percebe alguma coisa, é natural que tenha ideias parecidas. Discutir o F.C.Porto de forma objectiva e construtiva, faz todo o sentido, botabaixismo, colocando tudo em causa, se não formos campeões, treinador para arua, ou até já devia ter ido, no meu estaminé não tem cabimento.
    Abraço

    ResponderEliminar
  3. Mantenho o desafio! Vejam o próximo jogo apenas do ponto vista técnico que vos falei: qualidade de passe, qualidade de recepção. Garanto-vos que vão ficar impressionados! Se tiverem paciência, contem quantas vezes perdemos a bola por causa de um mau passe (não conta perder a bola por chutar à baliza, não contam bolas paradas directas para a área, não contam perdas de bola por tentativa de jogada individual sem efeito).

    Certamente o clube terá dados detalhados sobre essa evolução, mas adorava poder comparar a percentagem de passes certos desta época com a da época passada, assim como a percentagem de bolas perdidas (bolas perdidas dividido pelo total de passes efectuados). Tenho a certeza absoluta que a diferença é colossal!

    (Uma nota que pode não ter ficado clara: não quero criticar indirectamente o Fonseca com esta análise. Ele tinha um sistema de jogo diferente, com premissas totalmente diferentes em determinados aspectos. Sem querer alongar-me, não dependia tanto da qualidade do passe, porque passava por sair para o ataque de forma mais vertical, sobretudo pelas alas, com laterais muito subidos. E se não dependia tanto da qualidade de passe...)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Magro,

      O problema é que os ditos "entendidos" da bola tuga preferem esse mesmo futebol vertical... tornando o futebol um jogo de ténis. E, no domínio que fala, o jogador que melhor qualidade de passe e jogo tabelado tem é... Adrián López. O que diz muito do quanto a massa assobiativa gosta deste estilo de futebol. Eu aprecio, acho que jogamos bem, que temos pouquíssima perda de bola e que os erros defensivos já não vem dai.

      Mas sabe, aqui quer-se é chuto por chutar, o FC Quaresma no seu melhor.

      Abraço Azul e Branco,

      Jorge Vassalo | Porto Universal

      Eliminar
  4. Caro Miguel,
    Concordo plenamente...

    Cumprimentos

    Ana Andrade

    www.portistaacemporcento.blogspot.com

    ResponderEliminar


  5. caríssima Ana, caríssimos,

    muito obrigado! pela vossa visita e pelas vossas gentis palavras!

    no fundamental:
    penso que o "magro", se ainda não o fez, deveria considerá-lo seriamente - ie, de tirar um curso de treinador.
    análise simples mas realista ao jogo que o Paços praticou, esta noite, no Dragão.


    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    abr@ços a «ambos os quatro» :D
    Miguel | Tomo II

    ResponderEliminar

vocifera | comenta | sugere
(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

Show Emoticons