quarta-feira, 27 de agosto de 2014

não passou nos 'me(r)dia'? então, é porque não aconteceu...


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declarações de interesses:


» como é do conhecimento (muito pouco) público, cheguei a integrar a equipa de juvenis do Boavista FC, em 1990/1991.
mas foi "Sol de pouca dura", pois que, lá em casa, para quem "mandava", os estudos nunca poderiam ficar para trás, sequer para segundo plano - para além de que a minha habilidade para defesa-lateral esquerdo era igual à do Areias, quando este fez parte dos quadros do nosso clube do coração. aliás, eu era um pouco melhor, tendo em linha de conta que fui mais vezes titular do que ele (e apesar de eu ser segunda escolha)... adiante.

» apesar de ter mantido a cota de associado axadrezado até finais de 1996, nunca nutri grande simpatia pelo clube do Bessa.
a principal razão por que o fiz prendeu-se com a possibilidade de ver 'in loco' e a preços muito razoáveis para a época, as partidas frente aos rivais da Capital do Império, algumas partidas do (então) "Boavistão" nas competições europeias (ficaram-me na retina mormente aquelas duas eliminatórias, uma frente ao Inter "de" Klinsmann e Matthäus, e outra frente à Lazio "de" Signori) e obviamente o verdadeiro 'derby' da InBicta onde as estórias são mais do que muitas e não cabem aqui, mas ficam prometidas para outra altura.
por exemplo, estive lá, em Janeiro de 1993, quando o Nelo trincou uma das muitas laranjas arremessadas por nós, na segunda-mão de um jogo para a Supertaça Cândido de Oliveira, por exemplo; foi mesmo à minha frente. também estava na bancada visitante no jogo daquele inacreditável falhanço do Paulinho 'Mc Laren', em Novembro de 1992... e, em Fevereiro de 1996, pela primeira (e única) vez na minha vida, não gritei "goooloo!" pelo nosso FC Porto, num empate com sabor a vitória... adiante.

» tenho dois tios maternos que são boavisteiros desde nascença. mas também são mais do que isso: «ambos os dois» têm uma tendência «gloriosa» para sofrerem por um outro segundo clube e para vibrarem com os nossos desaires, com o extremo do seu anti-portismo a se evidenciar quando são incapazes de reconhecer o nosso mérito desportivo. eles personificam tudo o que (não) sei acerca da generalidade dos adeptos do Boavista: são uns lampiões encapotados.
(M.: se me estás a ler e passaste os olhos por este parágrafo, sabes bem que ele não se aplica a ti e à tua insana paixão pelo Boavista FC!)


caríssima(o),

feitas as devidas "apresentações", inebriado com a vitória de ontem e revoltadíssimo com os estúpidos assobios que partiram (mais uma vez) pelos energúmenos de serviço que pululam nas bancadas do Dragão, serve a presente "posta de pescada"® para dar conta de uma ocorrência que, quase setenta e duas horas depois, ainda não foi (sequer!) comentada por qualquer órgão de informação da nossa abjecta, muito parcial e demasiado facciosa Comunicação Social nacionale sempre com o beneplácito da estação (cada vez menos) pública de televisão - agora sem o prestimoso contributo de hélder conduto...).
essa ocorrência existiu e também chegou a ser comentada cá em casa, com um daqueles meus tios, referidos anteriormente, residente em Bessa Leite, e que (igualmente, como tantos outros) foi deles sua testemunha ocular.

fica o seu registo para memória futura, bem como alguns considerandos do "petitbull" (para evitar o termo "factos", pela subjectividade que encerram) acerca do encontro da última jornada, que opôs a "subsidiária" do Bessa à agremiação de Carnide, a "casa-mãe"...


© ojogo | scribd
(clicar na imagem para ampliar)


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Também não é uma questão de opinião, apenas: quando Brito remata à baliza do 5lb, há um jogador do Boavista em fora-de-jogo, quase imperceptível, que interveio no lance segundos antes. A regra que conforma a Lei do Jogo diz que, em caso de dúvida, favorece-se o atacante. O Boavista deveria ter feito o 1-1 mas isso quase passou despercebido...

Passou despercebido como passaram despercebidos desacatos à saída do estádio e várias tropelias cívicas tão características das gentes oriundas de Lisboa e arrabaldes, tão mal formadas...

Assim como passou despercebido o que Jesus terá dito ao árbitro para ser expulso ao intervalo...


[...]

É claro que a Imprensa veneranda passou ao lado, não ouviu, não viu, não suspeitou e, portanto, não investigou. 
Não há assunto, não há notícias; se há assunto mas não convém, não há notícias... 
Se sobrevivemos até aqui a fazer "isto" no século XXI, onde toda a gente vê na tv e comenta na net, também tão cedo não morremos, e mesmo que o fim da Imprensa escrita em Portugal esteja previsto para 2028...

Em tempos - se não na última época do Boavista na I Liga, pelo menos na penúltima -, uma altercação foi noticiada num Boavista vs. 5lb: Rui Costa esmurrou a porta do (então) árbitro Lucílio Baptista. Testemunhas verificaram-no, pois puderam circular no túnel e com os vestiários acessíveis da sua entrada. Escreveu-se o caso no lixo tóxico do grupo cofina, mas o jovem jornalista foi repreendido no dia seguinte. 
Um dia depois, o veredicto era garrafal no pasquim: «INOCENTE». Rui Costa bateu na porta do árbitro e insultou-o; mas como o árbitro não teve colhões para o escrever no relatório, a absolvição foi automática.


»



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E ninguém viu nem disse nada?

Na minha caixa de mensagens, no facebook, tinha lá esta informação de um amigo:

« Ontem, no Bessa, foi um pandemónio, com os 'casuals' afectos aos vermelhos a semear o pânico antes do início do jogo, numa série de arruamentos à volta do estádio. 
Inclusive um elemento do nosso 'scouting', sem qualquer tipo de identificação, teve de se refugiar nas traseiras da Associação de Futebol Porto
Foi chamado o Corpo de Intervenção que, mesmo assim, teve muitas dificuldades em segurar os "animais", tal era a quantidade e  a vontade... Houve vários feridos, sendo que um deles em estado grave. Mais uma vez, a Imprensa "não viu nada"... »

É, como diz um amigo meu: eles ouvem bem, mas vêem mal...


© google | kosta de alhabaite




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João Ferreira disse...

Antes do jogo não sei; mas, no fim, passou-se qualquer coisa à minha porta. 
Uns quantos adeptos não identificados (que, vim a perceber depois, seriam afectos ao 5lb, quando apareceu um boavisteiro a queixar-se de insultos), todos a serem revistados, muita gritaria, uns paralelos no passeio (a rua é asfaltada...) e uma peça metálica de dimensões consideráveis a ser recolhida pela Polícia. E muito, muito petardo.

25 de Agosto de 2014, às 15h20m

»




© google

eis os "considerandos":


© ojogo | scribd
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"disse!"



3 comentários:

  1. Miguel, não havia necessidade. Há só necedade...

    Se não foi notícia no momento, como sê-lo 72 horas depois?

    Abraço

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  2. @ Zé Luís

    sei lá...
    alguém poderia ter parado para pensar cinco minutos e lembrar-se de que:

    sabujo:
    "eichhh... chefe, chefe! não publicámos nada sobre os confrontos no Bessa. e agora?"
    chefe:
    "confrontos, não. chama-lhes outra coisa."
    sabujo: "incidentes?"
    chefe:
    "incidentes também não..."
    sabujo:
    "huuummm... altercações?"
    chefe:
    "não!"

    [meia dúzia de sinónimos depois]

    sabujo:
    o que é que estávamos a discutir, mesmo, chefe?


    abr@ço
    Miguel | Tomo II

    ResponderEliminar

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(sendo que, num blogue de 'um portista indefectível', obviamente que esta caixa é destinada preferencialmente a 'portistas dos quatro costados'. e até é certo que o "lápis", quando existe, é azul.)

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