caríssima(o),
já (quase) tudo foi escrito sobre o "I Encontro da Bluegosfera Portista".
falta só referir que, para mim, mais do que um privilégio, foi uma honra enorme ter sido convidado para fazer parte da primeira edição de um evento que, acredito plenamente, será um marco “nesse maravilhoso mundo que é a bluegosfera”®. atrevo-me a escrever o que já o afirmei a viva voz: fizemos História.
e que fiquei muito grato por ter tido a oportunidade de conhecer "olhos-nos-olhos" alguns de vós.
de seguida, e imitando o "guarda abel", do "poBo do Norte", para quem quiser e tiver a pachorra necessária para tal, deixo (para a posteridade) o meu curriculum (de) portista (o qual não chegou a ser apresentado) e o texto integral da minha intervenção, o qual está "virgem" pois a dita foi proferida de improviso.
já (quase) tudo foi escrito sobre o "I Encontro da Bluegosfera Portista".
falta só referir que, para mim, mais do que um privilégio, foi uma honra enorme ter sido convidado para fazer parte da primeira edição de um evento que, acredito plenamente, será um marco “nesse maravilhoso mundo que é a bluegosfera”®. atrevo-me a escrever o que já o afirmei a viva voz: fizemos História.
e que fiquei muito grato por ter tido a oportunidade de conhecer "olhos-nos-olhos" alguns de vós.
de seguida, e imitando o "guarda abel", do "poBo do Norte", para quem quiser e tiver a pachorra necessária para tal, deixo (para a posteridade) o meu curriculum (de) portista (o qual não chegou a ser apresentado) e o texto integral da minha intervenção, o qual está "virgem" pois a dita foi proferida de improviso.
«
curriculum portista
portista desde berço, deu a conhecer à Saciedade o seu Amor incondicional pelo clube do coração com a final de Basileia: chorou copiosamente, como um bebé e andou de negro durante uma semana (há fotos de família que o atestam). foi o suficiente para convencer o seu Avô a fazer-lhe a vontade, contra os superiores interesses de sua Mãe, tornando-o associado do clube.
se a final de Basileia é o primeiro jogo que se lembra
"como se fosse ontem", o FC Porto vs. agremiaçãolampiónica
de Carnide, de 1984/1985 (2-0, com um bis do Bi-Bota) assinalou a sua
estreia num local místico e que para sempre o marcará: o "tribunal"
do Estádio das Antas. mais do que o jogo em si, do que não se esqueceu foi do
seu Avô lhe ter segredado «aqui, agora, vais crescer
para o Porto e como portista!».
o"bichinho da bola" desde
sempre conviveu lado-a-lado com o seu bem-estar emocional (e não só), pelo que
estórias e peripécias para poder ir ver os jogos do clube do coração são mais
do que muitas. como essas não cabem aqui, guarda-as para alguns dos seus
'posts' no 'TOMO II', blogue muito azul-e-branco e do qual é
seu administrador, sob o perfil de "ℙΣ₦₮∀ ➀➈➆➄℠".
»
resumo da intervenção
I.
vivenciar o "ser Porto", esse estado único
II.
a relação (nada promíscua) do TOMO II com um Amor comum a todos nós: o FC Porto
1)os primórdios de um tempo imberbe, pueril e despreocupado
2)a ruptura, com o incidente do Aquiles
3)o paradigma da Responsabilidade
4)serei eu (mais) uma estrela?
5)a originalidade na "bluegosfera"
III.
a dita (intervenção)
«
caríssimas(os),
antes de tudo, é para mim uma honra e um privilégio poder
integrar tão ilustre iniciativa, que desde já saúdo, e um tão rico painel, pelo
que agradeço ao Jorge, ao José Correia e ao Paulo, o gentil convite que me
endereçaram para abrir as hostilidades de um encontro que se espera que seja
profícuo e que tenha “70x7” mais edições para além da sua inaugural.
depois, quero agradecer a presença de todos vós, neste evento
único e que, julgo, ímpar, neste advento das Novas Tecnologias da Informação.
acredito que, mais uma vez, estamos a fazer História! é este o
nosso destino: marcar a nossa presença dos demais pela positiva.
como já ficou demonstrado, o que nos motivou a trocar (mais) um
prazenteiro dia de praia por uma tarde num auditório, com homens de barba rija
dos blogues e afins, é o (insano?) Amor comum,é uma mesma (insensata?) paixão,
por um clube de futebol que todos nós acreditamos ser único: o FC Porto.
esta paixão incondicional, desvirtuada com a nossa visão cega de
adeptos portistas indefectíveis – daqueles que não torcem, quebram e muito
menos se “agacham” – é vivida de diferentes formas.
na apresentação do meu curriculum portista, optei enquadrar o meu portismo
através de dois jogos de futebol que considerei emblemáticos, que muito me
marcaram e que, como tal, não mais os esquecerei.mas, o “ser Porto” é mais do
que os jogos de futebol per si. para
mim, também é a envolvente do nosso estádio uma hora antes dos encontros, numa
moldura humana única; é estar a descer a Alameda de cachecol ao pescoço e a
escutar as conversas alheias, de prognósticos que não são do fim daquele jogo,
mas do outro, do da semana passada; são aqueles vinte minutos de amena
cavaqueira junto ao ex-“porta 29” com alguns de vós; são os cânticos das nossas
claques; é a alegria contagiante do Fernando Saúl, ‘speaker’ do FC Porto; é o som inconfundível do
trompete do sr. Lourenço; é o “bruáá” de um golo; são as saudades (egoístas)
que sinto por o meu Avô já não estar comigo, em todos estes momentos, mas olhar
para o lado e ver que há um Guilherme para “ensinar”.
já sobre as formas de se praticar o portismo também há subtis
diferenças.há quem seja adepto do sofá e sofra como se estivesse em pleno
estádio; há quem só vá ao Dragão quando tem “ar suficiente na carteira”; há
quem tenha lugar anual e vá a todos os jogos, qual profissional da bancada; há
quem seja associado e até participe nas Assembleias Gerais.há quem tenha um
blogue dedicado ao desporto-rei e, neste registo, com textos de muito amor e
carinho sobre o nosso FC Porto.
e é assim que chegamos à temática deste painel e à minha
intervenção, a qual versa sobre
«a relação (nada promíscua) do TOMO II com um amor comum a todos nós: o FC Porto»
mais do que uma “formação-flash” sobre como criar um local de discussão
pública “nesse maravilhoso mundo que é a bluegosfera”®, a minha intenção é
partilhar convosco uma experiência que classifico de muito gratificante, e que
começou a 04 de Julho de 2008, o meu dia da independência. explico.
até esse dia, costumava enviar e-mails ao meu círculo restrito
de familiares e Amigos, com “postas de pescada”® versando temáticas diversas, que
não só sobre Futebol, mas também e sobretudo. e, claro!, também alguns outros
de teor duvidoso – no sentido em que não havia quaisquer dúvidas ao que se
referiam. e houve um desses meus Amigos de longa
data que resolveu apostar em mim e ofereceu-me um domínio na “wordpress” para
poder dissertar à vontade. eram tempos imberbes, fruto de uma rebeldia
blogueira, em que, solteiro e mau rapaz, publicava três a quatro “postas de pescada“® por dia
despreocupadamente. tinha uma média de sessenta visitas diárias e pouco mais de
um minuto de tempo médio no (então) ”TOMO I”. e
sentia-me feliz assim: era esse o meu objectivo, e o meu propósito fundamental
encontrava-se cumprido: o que escrevia era lido por alguém. nada mais me
ocupava o espírito, despreocupado com o teor do que publicava, mesmo que fosse
a republicação integral de notícias de edições on-line de alguns jornais da
nossa praça, ou autênticos testamentos, ou «ambas as duas» situações numa só.
e veio aquela noite, em Janeiro de 2010, em que, numa futebolada
entre amigos, rompi o tendão de Aquiles e me apercebi que estava “velho” para o
futebol. estão a ver a lesão do Beckham? foi igual, excepto na parte da
Segurança Social. foram sete meses de estaleiro, com muito “papo para o ar” e
imenso tempo para a navegação cibernáutica.
sei que foi para saber algo mais sobre uma notícia de uma
pseudo-transferência do clube que fui parar casualmente ao “PORTA19” (não sei se
conhecem). gostei do que vi e sobretudo li – e o elogio público ao Jorge não é
gratuito, pois é partilhado por muitos de nós, aqui presentes.
apercebi-me, então, de como estava errado na minha forma
juvenil, pueril e bastante ingénua de (in)tentar comunicar com a saciedade. no
fundo, ainda estava muito verde (apesar do predomínio dos tons azuis…).
para lá de me concentrar bem mais no quotidiano azul-e-branco e
da defesa intransigente dos interesses da nossa dama; de reformular os ‘posts’, os quais passaram
a ser originais e não uma exclusiva reprodução de textos, num máximo de dois
por dia (salvo excepções excepcionais), sempre com especial cuidado na sua
redacção, com um estilo muito próprio – o meu – e com uma irritante
persistência na sua extensão; de criar rubricas diferentes na bluegosfera®, (com especial destaque para os “dragões de ouro do Tomo II”);
de ter mais cuidado com a publicação de notícias, citando sempre a fonte das
ditas; de apresentar um grafismo que considero apelativo a quem me visita,
(pelo menos) uma imagem relacionada com o teor do post e, por vezes, uma
sugestão musical a propósito do dito; em responder a todos os comentários de
quem me visita, mesmo que seja para criticar o meu ponto de vista, excepto se
aqueles forem insultuosos e/ou lampiónicos– também criei um perfil de blogger, troquei e-mails e
hiperligações com alguns administradores de blogues, para mim, de referência
“nesse maravilhoso mundo que é a bluegosfera”®, e passei a visitá-los com regularidade, comentando sempre que
a oportunidade se impunha. no fundo, (in)tentei diariamente marcar a minha
posição sobre o quotidiano do nosso FC Porto de uma forma que considerei
original: a minha.
se a estratégia resultou? só refiro este número, a título de
curiosidade e porque me marcou: um mês depois de ter mudado de atitude
blogueira, o número de visitas diárias no (então) “TOMO I” centuplicou!
sei que este número, para muitos de vós, são “peanuts”, os quais são
atingidos ao fim de uma manhã de Domingo; para mim são como uma vitória
estrondosa do nosso clube do coração.
mas, tal como uma moeda tem duas faces, os números apresentados têm outra interpretação: a responsabilidade de não defraudar as expectativas de quem visita o meu local de discussão pública, para dispensar algum do seu precioso tempo para ler as bitaitadas que por lá escrevo, mantendo o respeito pela sua regularidade e sobretudo fidelidade em por lá retornarem.
tenho, para mim, que o pior que se pode fazer é convidar os nossos familiares e Amigos para uma festa, estes aparecerem à hora e data combinados, e a porta de entrada da casa estar fechada e o conviva não aparecer; com um blogue não pode ser diferente: se, por exemplo, sei que, por um qualquer motivo, haverá uma interrupção na regularidade de publicação de “postas de pescada“®, o mínimo que poderei fazer é informar os visitantes de tal. pelo menos, este é o meu entendimento...
tenho, para mim, que o pior que se pode fazer é convidar os nossos familiares e Amigos para uma festa, estes aparecerem à hora e data combinados, e a porta de entrada da casa estar fechada e o conviva não aparecer; com um blogue não pode ser diferente: se, por exemplo, sei que, por um qualquer motivo, haverá uma interrupção na regularidade de publicação de “postas de pescada“®, o mínimo que poderei fazer é informar os visitantes de tal. pelo menos, este é o meu entendimento...
tal postura responsável também pressupõe um tipo de conduta, para quem nos visita, em tudo idêntica à nossa vida em sociedade: a credibilidade (no que escrevemos) e a constância na coerência das nossas opiniões. a credibilidade da escrita pressupõe, por exemplo, citar sempre a fonte em que nos baseamos e, se possível, apresentar o texto original; a coerência supõe antecipadamente em sermos verdadeiros connosco próprios.
eis um exemplo que espelha bem o meu ponto de vista sobre a questão da coerência: se, até uma determinada altura, considerei o treinador da nossa equipa principal de futebol um «erro de 'casting'», não posso, nem devo, só porque houve a conquista de mais um campeonato do nosso clube do coração, "esquecer" e relevar que escrevi mais do que um texto a "cascar" no mais recente treinador campeão pelo nosso FC Porto.
assim, torna-se óbvio e no meu entendimento, que ser 'blogger' e administrar um blogue, para lá da carolice que o comporta, também tem uma componente de dever social.
tal não faz de mim uma estrela, sequer um ser "especial", e muito menos mais ou menos portista do que os demais, por esse Universo fora. sou apenas mais um a defender, de forma abnegada, apaixonada e muito intransigente, os interesses de uma "dama" amada por muitos milhões - «acardito» que já seremos mais do que seis milhões de amantes. o que me torna (vá lá) diferente - e, neste aspecto, somo-lo, de facto!, diferentes - é que não me fico só pelas conversas de café e/ou pela leitura do que se escreve (muitas vezes, mal) nos jornais diários desportivos; em muitos dias do ano, resolvo conscientemente abdicar de algum tempo para mim, para a família, para os Amigos, e transcrever aquelas mesmas conversas de café. e, sacrilégio!, analisar o que se escreve na imprensa desportiva, mormente e sobretudo apontando os defeitos que inventa sobre o quotidiano azul-e-branco, sempre subvalorizado relativamente a outros, ditos mais «gloriosos». às vezes, também resolvo atrever-me a partilhar a minha visão sobre uma mesma partida de futebol (ou mesmo das modalidades ditas amadoras) onde o nosso clube do coração esteve envolvido.
certamente que não será a "minha verdade" dos factos; é bem mais do que isso: o alcance das minhas palavras, enquanto 'blogger', e desde que justas, assertivas e sobretudo verdadeiras, perpetuará a minha visão sobre os ditos numa plataforma de comunicação única e excelente para esse fim, e que dá pelo nome de Internet.
exemplo fulcral? graças a alguns de vós, fiquei a perceber o porquê da identificação do caminho para o título de basquetebol, apontado pelo abjecto "treinador" da lampiónica agremiação de Carnide; o porquê do lampiónico arremesso de toalhas para crianças de oito anos que estavam nas bancadas; de onde surgiram as primeiras provocações e o que esteve por detrás da condenável e cobarde actuação da (suposta) Polícia de Segurança Pública, nos lamentáveis incidentes após o último jogo de basquetebol no 'dragãozinho'. o que vocês relataram, porque estiveram lá!, não apareceu nos órgãos "limpinhos" da maioria da nossa (abjecta) Comunicação Social, sobretudo porque estes últimos são, de facto, tendenciosos e muito subservientes ao (dito) «glorioso» clube dirigido pelo "khadafi dos pneus" (vulgo «um leitor»). e, se não houvesse esse contraditório, exposto por muitos 'bloggers', “nesse maravilhoso mundo que é a bluegosfera”®, muitas mentiras de secretaria ainda seriam tidas como verdades desportivas.
repito: é bem mais do que "a minha visão da verdade dos factos"; é principalmente o meu legado sobre como vivo, respiro, sinto, Amo o meu clube de Sempre.
tal postura também não faz de mim um funcionário do FC Porto. nem o almejo ser por ser 'blogger' e administrar um blogue afecto à cor azul-e-branca.
mas sou, de facto, indiscutível e indubitavelmente, (mais) um adepto em prol da defesa dos seus legítimos interesses, por vezes conseguindo sobrepor-me ao Departamento de Comunicação do clube. aliás, é curioso verificar que muitos espaços "nesse maravilhoso mundo que é a bluegosfera”® conseguem desenvolver um trabalho tão meritório quanto louvável, que fazem bem mais pelo FC Porto do que o próprio sítio oficial do clube na Internet e actualmente do que a sua página oficial no "faceboKas®" - o que também não é difícil (mas que se lamenta).
sem pretender citar nomes - pois poderei ser injusto para com os que me esquecer -, refiro todos aqueles espaços que se dedicam a perpetuar a História do FC Porto - desde os seus equipamentos, até às suas glórias, vedetas e craques, passando pela união de muitos retalhos da sua riquíssima e vastíssima centenária História, até aos desfiar de muitas estórias que estiveram na génese das nossas conquistas desportivas. chegam - pasme-se! - a enriquecê-la seja com imagens, hinos e até vídeos, muitos deles inéditos! são, pois, fiéis depositários de muito do património imaterial do clube, o qual deveria estar atento a muitas das suas estórias. para todos eles, sem excepção, o meu sentido "muito obrigado!" e um enormíssimo "bem haja!" pela vossa existência.
ou seja: não somos funcionários do clube, mas para ele trabalhamos diariamente e de forma abnegada, gratuita mas nem por isso, menos responsável e/ou despreocupada.
em suma (e assim concluo):
administrar um blogue, para mim, na actualidade, é bem mais do que "ser giro", poder mandar umas "larachas" despudoradamente e não pensar nas consequências que poderão advir do que escrevo.
enquanto responsável (principal e único) pelo conteúdo do "TOMO II" tenho sempre presente que há uma função social que não pode ser descurada e, como não me canso de o referir, que o respeito pela fidelidade de quem me visita deverá estar sempre patente.
também tenho que ter a consciência de que terei de abdicar de algum do tempo que queria reservar para mim e para os meus outros interesses, tentando interferir minimamente no que é dedicado a todos aqueles que me são queridos.
e, para finalizar, que escrever dá trabalho. e que os assuntos de interesse não aparecem todos os dias - mormente quando o esférico (ainda) não rola sobre a relva, como é o caso das pré-temporadas e dos jogos de preparação.
grato pela vossa atenção.
Não sei se é permitido calão de Cedofeita, mas que graaaaande discurso, caraaaaaalhuuuuu!!!
ResponderEliminarpara o xôtor, abre-se uma excepção ;)
ResponderEliminarps:
obrigado! ;)
abr@ço
Miguel | Tomo II